quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Cybelle Preis (exposição de arte)

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Album de serigrafia (Luis Viderbost)

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Clique na imagem abaixo para ler




Los apuntes del Sr. Kingston – edição serigráfica de Luis Viderbost

A edição, em forma de caixa, é composta por serigrafias a partir de desenhos com caneta esferográfica, feitos após o trabalho durante um mês e com mínimas condições, pois a imaginação não precisa de muitos aparatos. Os desenhos, desta maneira, referenciam a subjetividade e lembram as imagens que surgem entre o sono e a vigília.

Para adquirir a edição, ou serigrafias avulsas, entre em contato com Luis Viderbost.

lhviderbost@yahoo.com.br


No sertão das palavras (Livro de Jayro Schmidt)


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O ensaio No sertão das palavras não se amolda à forma tradicional desse gênero. Sendo experimento de linguagem, nele o leitor não encontrará a cômoda sequência textual e menos ainda a abordagem linear da obra de Guimarães Rosa: Grande sertão: veredas.
Ao experimento de nada vale a previsão, assim como ocorre nas infinitivas veredas rosianas entre o conhecido e o desconhecido: o próprio sertão que nele parodia o mundo da palavra. Nesse caso, sertão e palavra estão em toda parte e em nenhum lugar.
Ao recusar a segurança aristotélica do ensaio acadêmico, no qual tudo é previsível, monótono e coisa de especialistas, o autor rastreou chapadas e chapadões, sempre ouvindo Quelemém, Riobaldo e Diadorim.
Ao confiar na imprevisão da palavra no sertão e na imprevisão no sertão da palavra, as partes do ensaio rearticularam tempos da obra de Guimarães Rosa e formaram um panorama no sentido dado por ele ao pensar em interpretação como vôo por cima para obter o todo em cada uma de suas partes.
Cabe ao leitor reconstituir este panorama, que é, na acepção do termo, o perspícuo, o transvisto.

Para adquirir o livro, acesse o saite: http://www.letrascontemporaneas.com.br/




Bibliografia


Jayro Schmidt (1947) é artista plástico, professor de pintura e de história da arte. Realizou várias exposições individuais e participou de coletivas e salões nas principais capitais brasileiras, inclusive na Bienal Nacional de São Paulo. Além da editoração de livros artesanais e o incentivo da produção da gravura, publicou Movimentos e significados nas artes plásticas (teoria) FCC Edições, 1991; Contaminatio (poesia) Letras Contemporâneas, 1996; Vincent van Gogh – pintor das cartas (biografia) Letras Contemporâneas, 1998; A uma sombra e outros ensaios (ensaio) Bernúncia Editora, 1998; Macedonio Fernández e alguns de seus papéis (ensaio) Museu-Arquivo da Poesia Manuscrita e Universidade Estadual de Ponta Grossa, 1999; Anotações de leituras e releituras (ensaio) Bernúncia Editora, 1999; Cruz e Sousa: poeta do abismo (ensaio) Museu-Arquivo da Poesia Manuscrita e Universidade Estadual de Ponta Grossa, 2000; Massala, com Renato Tapado, (prosa poética) Bernúncia Editora, 2000; Paulo Leminski: do carvão da vida o diamante do signo (ensaio) Bernúncia Editora e Cesusc, 2006; O barco ébrio (tradução) Bernúncia Editora e Edufsc, 2006; 16 Ensaios sobre poesia, ficção e artes plásticas (ensaio) Bernúncia Editora e Oficinas de Arte, 2007; Movimentos e significados nas artes plásticas, 2ª edição (teoria) Bernúncia Editora e Agência Criação; Poesia e Ficção de Péricles Prade – semas, semantemas, logometrias, Pantemporaneo; No sertão das palavras  – Leitura de Grandes Sertões: Veredas, Letras Contemporâneas, 2010.


A Filha - Down em alto astral (Livro de Carlo Manfroi)


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SINOPSE

A Filha - Down em alto astral

Cíntia nasceu com síndrome de down em uma época em que se tinha pouquíssima informação sobre o assunto. Contrariando recomendações médicas, seus pais optaram por não dar a ela pesados remédios tarja preta. Também não mantiveram Cíntia sobre uma cama e nem escondida do convívio das pessoas. Tabus e preconceitos foram enfrentados de frente. Paralelo a isso, a família passou por conflitos e provas naturais, como a luta por trabalho digno, o sustento da casa, a batalha para a compra da primeira moradia e a perda da mesma, recaídas e surtos de Cíntia. O romance, inspirado em história real, mantém o conflito familiar como pano de fundo e mostra como o diferente pode viver integrado quando somos livres de preconceitos. Abre-se uma janela, uma fenda na trama, para questionar. Afinal, o que é ser normal? E também para provar, no sentido mais amplo, de fazer as pessoas ao seu redor experimentarem, com ela, a felicidade de viver o que a vida nos oferece de mais belo. Sem medo. Cíntia é uma sonhadora que realizou. Provou sensações intensas. Na escola, no trabalho, no namoro, no casamento. Descubra-se em A Filha. Experimente a vida em alto astral.

para adquirir o livro, acesse o saite: http://www.afilha.com.br/



JUSTIFICATIVA

A Filha - Down em alto astral

A Filha não é uma bandeira contra o preconceito ou a favor dos downs. Longe disso. Contando a história de uma menina síndrome de down e tratando isso de uma maneira coloquial, sem sensacionalismo, o livro revela que todos têm o direito de ir atrás de seus sonhos. E de realizá-los. Em vez de ser tratada como problemática ou um fardo, Cíntia dá o exemplo, em diversas passagens, de como a própria família deve se portar. De como encarar os desafios e ir em frente, na busca do que almejam. Cíntia, com down, deixa muito claro para todos o que é importante na vida e o que não é. Por isso, essa história tem valor exemplar. O valor de quem olha sempre para frente, sobre os muros de preconceitos, almejando seus mais lindos sonhos até que se tornassem, um a um, na mais doce realidade. A história de Cíntia é, sem dúvida, uma aula de vida.


CURRÍCULO DO AUTOR

Carlo Manfroi nasceu em Porto Alegre, em 1969. Publicitário, tem habilitação em Publicidade e Propaganda pela Unisinos e é pós-graduado em Marketing Digital Interativo pela Clear/I-Group. Redator por 22 anos tornou-se diretor de criação em Florianópolis, cidade para o qual se mudou com a esposa e os filhos. Acumulou prêmios de Criação, ministrou a disciplina de Redação Publicitária na Unisul – onde foi também coordenador de curso – e atuou como professor de Pós-Graduação em Marketing Digital na Estácio de Sá. Escreve para também para sites e é sócio-fundador da agência de conteúdo Qualé Digital. Em 2012, foi premiado na categoria poesia no Concurso Literário Mario Quintana. A Filha é o primeiro romance do autor.



Patricia Amante (Produtos artesanais)

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Para quem curte encadernação, Patrícia Amante está oferecendo uma linha de blocos, cadernetas, agendas e porta-retratos com fino acabamento, tudo feito à mão, aliando a tradição e a modernidade – coisa rara de se ver. Você pode entrar em contato com Patrícia por telefone ou por e-mail: (48)88286479 / 88060217 – patriciaamante@gmail.com


Labirinto (Vídeoarte)

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Videoarte de Tirotti. Com Laércio do Amaral e Angela Bonmann. Trilha sonora de Lausivan Correa. Imagem sonora de Tirotti e Lausivan Correa.





Astheros (Cinema)

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Baseado no conto O Monge Astheros de Péricles Prade. Com Celso Frateschi e Ney Piacentini. Roteiro, direção e montagem de Ronaldo dos Anjos. Produção e assistência de direção de Isabela Hoffmann. Direção de fotografia de Pedro Ionescu. Direção de arte de Neno Brazil. Cenografia da aldeia de Rafael João Rodrigues e Luis Viderbost.





Poêmia, poesia de pele e desejos (Livro de Cynthia Lopes)

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Para adquirir o livro Poêmia, poesia de pele e desejos, entre em contato com cynthiaaguiar@gmail.com



Cynthia é Carioca, formada em Arquivologia pela UNIRIO, participou das Antologias Poetas de Manguinhos II. Rio: Associação dos Servidores da Fiocruz, 2006; Antologias de Poetas Brasileiros Contemporâneos de 2007 a 2009 – Câmara Brasileira de Jovens Escritores; Os Mais Belos Poemas de Amor, em 2007 e 2009. Sensualidade em Prosa & Verso, de 2009. Panorama Literário Brasileiro – As Melhores Poesias de 2008 e As Melhores Poesias de 2009; XXI Poetas de Hoje em Dia(nte), Editora Letras Contemporâneas, 2009; Simbiose, 2010 - CBJE; Hiper Crônica & Conto, 2010, Editora Personal; Agendas da Tribo em 2010 e 2011; Agenda Literária Cidade 2011, Literacidade Ed. 2010.




     UM MAR DE POESIA
                     Cairo Trindade

       Cynthia Lopes é uma mulher doce no dia a dia e na poesia. E conserva a menina viva, no mundo e em seus versos. Mas vai além: investe um olhar bem humorado sobre certas realidades, certa crítica sobre as injustiças entre os homens e certa malícia quando trata de amor e sexo. Tudo com requinte, delicadeza, frescor.
       Se existe pessoa do bem, a poesia de Cynthia Lopes é a poesia do bem.
      Poêmia é um livro para ler saboreando. A cada verso, a cada poema, a cada página.
       Ao final, então, o leitor vai atingir o prazer.

             Rio, Capital da Poesia
                      Primavera de 2012




Amor é tudo que nós dissemos que não era (Livro de Fernando Koproski)

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Nova antologia poética de Charles Bukowski, organizada e traduzida por Fernando Koproski, chamada Amor é tudo que nós dissemos que não era (Editora 7 Letras), à venda na Livrarias curitiba





a segunda edição do Esssa loucura roubada que não desejo a ninguém a não ser a mim mesmo amém, a primeira antologia poética organizada e traduzida por Fernando, também está disponível na Livrarias Curitiba 

ou pelo site da editora 7 Letras: www.7letras.com.br

Cds de Fernando Koproski disponíveis pra ouvir e baixar:



de cortesia, leia um poema de Bukowski.

estilo

estilo é a resposta para tudo –
um novo jeito de encarar algo estúpido ou
perigoso.
é preferível fazer algo estúpido com estilo
do que fazer algo perigoso
sem estilo.

Joana d’Arc tinha estilo
João Batista
Cristo
Sócrates
César,
García Lorca.

estilo é o que faz a diferença,
um jeito de realizar,
um jeito de estar realizado.

6 garças paradas numa lagoa
ou você saindo nua do banheiro
sem me
ver.

poema: Charles Bukowski
tradução: Fernando Koproski
do livro AMOR É TUDO QUE NÓS DISSEMOS QUE NÃO ERA (7 Letras, 2012)


releases:

Livro: Amor É Tudo Que Nós Dissemos Que Não Era
Autor: Charles Bukowski
Seleção e Tradução: Fernando Koproski
Editora: 7 Letras
Características: Edição Bilíngue, 296 p.

Amor é tudo que nós dissemos que não era reúne uma seleção de poemas de 15 livros do romancista, poeta e ícone da cultura norte-americana Charles Bukowski. Organizada e traduzida pelo escritor Fernando Koproski, esta antologia bilíngue apresenta o melhor da poesia confessional, intensa e direta do velho safado que mistura amor, sexo e álcool em textos líricos e corrosivos que irão deleitar sua legião de fãs.

“Seja um monge e beba chumbo grosso e cerveja”, como nos receita o autor destes versos, aí sim, estamos falando de um lugar qualquer do sagrado, poemas. Com tradução do cara que já nos deu, e sempre nos oferta as melhores saideiras do Buk, Fernando Koproski, jamais abaixe a porta e nos jogue água nos pés, puerra!
    Boa, FK, prove para esses tarados que Bukowski é ainda mais genial nos poemas que na sua angustiada prosa comedora de gente qual terra de cemitério. Xico Sá (texto da orelha)

Livro: Essa Loucura Roubada Que Não Desejo A Ninguém A Não Ser A Mim Mesmo Amém (2 edição)
Autor: Charles Bukowski
Seleção e Tradução: Fernando Koproski
Editora: 7 Letras
Características: Edição Bilíngue, 264 p.

Essa loucura roubada que não desejo a ninguém a não ser a mim mesmo amém reúne poemas selecionados de 11 livros do escritor que retratou de forma ímpar o universo dos bêbados, dos marginalizados, dos solitários, dos perdedores e excluídos. Ao escrever de forma simples e liricamente desafiadora sobre os outsiders do cenário marginal, a poética de Bukowski dá voz a todos os órfãos do sonho americano – fazendo deste velho safado um ícone cult da literatura e cultura pop. Confessionais, despudorados e ácidos, seus versos contam histórias de amor, sexo, relações turbulentas, bebida, escrita e subemprego, transformando a matéria do cotidiano em verdadeira obra de arte.
     Publicado originalmente em 2005 numa caprichada edição bilíngue, organizada e traduzida pelo poeta curitibano Fernando Koproski, o livro esgotou-se rapidamente e virou objeto de colecionador. Esta nova edição revista e atualizada vem agora atender a toda uma legião de fãs do autor.

"Centrada na produção inicial do escritor, a seleção é um dos pontos fortes do livro, além da tradução de Fernando Koproski, que se esforça por manter o coloquialismo tão fundamental para a beleza dos originais. Poderia ser difícil identificar a beleza na literatura desse repórter do mundo cão, não fossem versos como “não se esqueça:/ o tempo existe é para ser desperdiçado,/ o amor fracassa/ e a morte é inútil”. Afinal a poesia de Bukowski obtém a atenção merecida num livro que é, desde já, referencial." Joca Reiners TerronFolha de S. Paulo

Charles Bukowski nasceu em Andernach (Alemanha), em 16 de agosto de 1920. Migrou para os Estados Unidos aos dois anos de idade. Cresceu em Los Angeles, cidade onde morou por cinquenta anos. Embora tenha cursado dois anos de jornalismo e literatura, sua formação de escritor é a de um autodidata. Publicou seu primeiro conto em 1944, quando tinha 24 anos. Conta que abandonou a escrita por dez anos, período em que se dedicou a beber, viver com mulheres nada aprazíveis, e a viajar pela América, coletando material a ser trabalhado em sua literatura. Esse período de autoconhecimento culminou com seu internamento em função de uma hemorragia estomacal, devido aos excessos etílicos, aos 35 anos. Afirma que começou a escrever poesia após esse episódio. Trabalhou nos correios durante quase catorze anos. Aos 49 anos, largou o emprego pra se dedicar à carreira de escritor. Estreou na poesia com Flower, fist and bestial wail em 1960, ao que se seguiram mais de trinta livros de poemas, diversas coletâneas de contos e romances, tais como Cartas na ruaFactotum e Mulheres. Faleceu em San Pedro, Califórnia, em 9 de março de 1994, aos 73 anos, após finalizar seu último romance Pulp.

Fernando Koproski nasceu em Curitiba, em 22 de janeiro de 1973. Publicou os livros de poemas: Manual de ver nuvens (1999); O livro de sonhos (1999); Tudo que não sei sobre o amor (2003), incluindo CD que apresenta leitura de poemas na voz do autor acompanhado pela guitarra flamenca de Luciano Romanelli; Como tornar-se azul em Curitiba (2004); Pétalas, pálpebras e pressas, livro selecionado para publicação pela Secretaria de Estado da Cultura do Paraná (2004); e Nunca seremos tão felizes como agora (7 Letras, 2009).
    Como tradutor, selecionou, organizou e traduziu as Antologias Poéticas de Charles Bukowski Essa loucura roubada que não desejo a ninguém a não ser a mim mesmo amém (7 Letras, 2005) e Amor é tudo que nós dissemos que não era (7 Letras, 2012), bem como a Antologia Poética de Leonard Cohen Atrás das linhas inimigas de meu amor (7 Letras, 2007).
    Lançou o CD Poesia em Desuso, registro ao vivo do recital que fez com o músico e compositor Alexandre França, apresentando poemas autorais, traduções e sua parceria musical, em 2005.
    Como letrista, tem composições gravadas por: Beijo AA Força no CD Companhia de Energia Elétrica Beijo AA Força; Alexandre França no CD A solidão não mata, dá a ideia; Casca de Nós no CD Tudo tem recheio; e Carlos Machado nos CDs TendéuSamba portátil Longe.

Curitibano reúne poemas inéditos de Bukowski em livro
Jonatan Silva - Paraná Online

      Em um universo povoado de bêbados, prostitutas e marginalizados, que o jornalista e escritor brasileiro João Antonio chama de merdunchos, Charles Bukowski (1920 – 1994) construiu a sua literatura. Bebendo do underground, não tardou para que as façanhas, em prosa e poesia, do Velho Safado fossem reconhecidas pelo seu valor, seja a estima literária, ou o resgate histórico de uma geração influenciada pelas liberdades pós-década de 1960.
      E, embora o material disponível em português seja vasto, alguns poemas ainda permaneciam no limbo do ineditismo no Brasil. Tentando vencer essa barreira, o poeta e tradutor curitibano Fernando Koproski decidiu selecionar e traduzir mais de 40 poesias, que ainda não haviam recebido sua devida tradução, em uma coletânea,“Amor é tudo que nós dissemos que não era” (7 Letras), que acaba de chegar às livrarias.
     Em tom confessional e desesperado, a obra bukowskiana emana mais que o singelo fazer literário, produzindo verdadeiros retratos do cotidiano, como em “Um poema é uma cidade”,“O homem no piano” ou “Paraíso bastardo”, que não poupam palavras para descrever a sordidez e o sentimento de inadequação ao status quo. É algo que Koproski define como“realismo desconcertante”.
     Trabalhando desde 2008 no livro, o curitibano não esconde a importância da empreitada. “Houve, sobretudo, o critério de apresentar um panorama significativo dos livros inéditos de poesia do Bukowski em português, por meio de poemas representativos de seus diversos temas”, afirmou Koproski, que é também responsável por outra coletânea do Buk, “Essa loucura roubada que não desejo a ninguém a ser a mim mesmo amém” e por um retrospecto da obra poética do canadense Leonard Cohen,“Atrás das linhas inimigas de meu amor”.

Antimanual
     Repleto de ironia e sarcasmo, “Amor é tudo que nós dissemos que não era”, é na verdade, um antimanual de conduta, colocando lado a lado a realidade dos esquecidos e o falso academismo do sacrifício literário. Prova cabal disso, “Então você quer ser um escritor?” dá a deixa para iniciantes: “se você estiver fazendo isso por dinheiro ou/ fama,/não faça./se você estiver fazendo isso porque deseja/mulheres em sua cama,/não faça”.
     Dispensando as formalidades, Koproski conseguiu um resultado inigualável com a “prosa doida”do Velho, em uma simplicidade e ferocidade que a poética bukowskiana exige. “Ao contrário do que os teóricos da tradução pregam insistentemente, cada caso é um caso e deve ser estudado em separado”, disparou.
     Arrebanhando multidões, Bukowski deixou sua marca na literatura, que não raras vezes, é confundida com os beats, mas que, colocando de lado rótulos, ajudou a formar leitores e leituras em um mundo cada vez mais consumido pelo instantâneo e obsoleto.


Obras de Marcelo Grassmann (Vídeo)

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Desenhos, gravuras em metal, xilogravuras e litografias. Vídeo produzido por Marcos Vinicius de Carvalho.





Homem-carne (Vídeoarte)

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Videoarte de Diego de los Campos




Tornar Visível (Vídeoarte)

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Vídeo com Jayro Schmidt e direção de Ronaldo dos Anjos, realizado em 1993. Participação especial de Caroline Franz Boering.




Carlos Ronald (Documentário)

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Veja o documentário de Maurício Muniz. O protagonista é o poeta escultor-pintor C. Ronald.





quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Ler e escrever, viver e morrer

Por Jayro Schmidt


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Pintura incidental de Juliana Hoffmann

Em culturas orientais, o ler proporciona o escrever. Em culturas ocidentais, há controvérsias acerca disso.
Tomo como exemplo Schopenhauer ao dizer que ler é pensar com a cabeça alheia. Desconta-se o fato de que ele estava indignado com os eruditos que infestavam os meios acadêmicos.
Bem antes de Schopenhauer, e livre da pesada atmosfera das academias, Sêneca poderia argumentar o oposto. Pensava que a leitura é imprescindível para quem escreve. Por vários fatores.
Um deles é o terapêutico, o ler para descansar a mente do esforço despendido. Mas as coisas ficam mais rigorosas.
A leitura serve para se saber como outros pensam e escrevem, e, sobretudo, saber o que ainda não descobriram. E chega-se ao melhor, ao principal desafio. Deve-se recolher o essencial das leituras e transformá-lo em outra coisa.
Apesar da grande diferença entre Schopenhauer e Sêneca, há entre ambos alguma coisa em comum: não basta somente saber; o que importa é o que fazer com o conhecimento. Por isso Schopenhauer atacava os eruditos.
Saber viver, para Sêneca, seria a porta pela qual se obtém o que fazer com o saber. E aprender a viver, pensava, era aprender a morrer.
Sobre isso, uma vez, fui contestado por um amigo. Disse-me que não se aprende a morrer. Ele tem toda a razão: quem vai querer aprender aquilo que não quer?
Não me recordo o que respondi na ocasião, mas presumo que pode ter girado em torno do que chamo de expectativa vã: aprende-se a evitar a morte, porém é inútil.
Conheço pessoas que fazem o diabo para que a morte não sobrevenha. Sobre isso, há uma frase que diz tudo, inscrita acima da porta de uma capela portuguesa, em Évora, cujo interior é recoberto de ossos:

Nos ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos.

Conhecedor de todos os pensadores clássicos, Montaigne deu a melhor receita para se encarar o grande confronto da vida, que é o morrer.
Remontando aos clássicos, e especificamente a Cícero, Montaigne considera que a filosofia quer dar respostas a todos os dilemas humanos, e, por isso, o ato filosófico é uma preparação para a morte. Ele, desta maneira, realiza o primado de Sêneca: sua leitura, nesse e em outros casos, serviu para ampliar e aceitar as expectativas em torno de algo tão desconcertante, que é deixar de respirar e saber que o menos perecível no corpo são os ossos.
Tanto é que Montaigne acaba dizendo, e o que dizia praticava, que se não aprendemos a morrer, que isso não seja motivo de tormento porque a natureza “executará a tarefa”. Sem levar em conta os acidentes mortais, a própria vida providencia doenças que devemos cultuá-las, cuidando-as com todas as energias que mesmo no padecimento ainda dispomos, pois uma delas nos ajudará a morrer.


terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Antropofagia platina

Por Daniel Ballester





"Não me faltaria, às vezes, mais que uma só palavra, uma simples e pequena palavra sem importância, para ser grande, para dizer no tom dos profetas, uma palavra testemunha, mínima, sutil, uma palavra bem macerada em minhas medulas, soprada de mim, que se manteria na extremidade de meu ser, e que, para todos, não seria nada. Sou testemunho, sou o único testemunho de mim mesmo."
Antonin Artaud



Performance de Daniel Ballester



segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O leitor

Por Jayro Schmidt





Fotografia de Aline Gallina, tratamento gráfico de Romulo Schmidt. Texto e edição final de Jayro Schmidt.



quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Sagrado e profano

Pintura de Juliana Hoffmann


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Profanar pressupõe o sagrado, é tirar algo da sagração devolvendo-o ao uso dos homens. A esfera divina na esfera humana.
Um dos aforismos de Franz Kafka, traduzido por Silveira de Souza, diz: “Leopardos invadiram o templo e bebem toda a água da pia de sacrifícios, deixando-a vazia. Isso se repete sempre. Por fim, o evento pode ser previsto e torna-se parte do sacrifício”.
O sagrado se dá por separação, separa algo do humano, e por sacrifícios e seus rituais. A profanação faz o mesmo ao invadir todos os templos. (J.S.)


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Ao silêncio

Poemas de Elaine Pauvolid



Assim Elaine Pauvolid abre seu livro O silêncio como contorno da mão, composto por breves e brevíssimos poemas que lembram os epigramas e os apotegmas.


Voa que é côncavo o pensamento



O que sobra é a falta



A solidão tem coisas que a gente só sabe depois que morre



Um caminho é silêncio



A verdade não se comunica



O silêncio está me ensurdecendo


Poemas extraídos de O silêncio como contorno da mão, Editora Multifoco, 2011 / Fotografias de Danisio Silva.


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Fuga da galegada

por Jayme Reis*


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Fuga da galegada com o retrato do bispo de Minas. No Rio de Janeiro, durante o império, os portugueses eram chamados de galegos.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Apsaras

Foto de Danisio Silva



As Apsaras, na mitologia hindu, são ninfas da água e dançam. As dançarinas, com a lente especial de Danisio Silva, foram captadas na fumaça do incenso. (J.S.)