quarta-feira, 30 de outubro de 2013

CATEQUESE POÉTICA

Da Redação




A Catequese Poética foi um movimento de poesia levado a efeito pelo catarinense Lindolf Bell em 1964, não no primeiro de abril do mesmo ano como foi o golpe militar que manteve o país sob repressão e censura, situação agravada com os atos institucionais que resultaram em prisões, torturas, desaparecimentos, assassinatos, suicídios e exílios. E ainda há quem diga que tem saudade daquele tempo, digamos remanescentes fascistas, pessoas que se forem chamadas de ignorantes é elogio.
A Catequese reuniu vários poetas com a proposição de levar a poesia diretamente ao público com a oralidade: em escolas, praças, escadarias, viadutos, clubes, teatros e bares. Reuniu, em quase um ano de manifestações, mais de oitenta mil pessoas, comprovando o que seu idealizador disse alguns anos depois:

NINGUÉM CONSOME POESIA, PORQUE NINGUÉM LEVA POESIA

Lindolf Bell também declarou que os efeitos da Catequese foram revolucionários, o que mudou “a imagem do poeta”, tornando-o parte do processo histórico, o poeta e sua responsabilidade política, se bem que o movimento não pretendeu ser uma ideologia, e sim a manifestação da liberdade de expressão que naquela época esteve sob os coturnos e patas de cavalos, isso para não ir mais longe.



segunda-feira, 28 de outubro de 2013

PERSPECTIVA CURIOSA

Da Redação


Pintura de Cézanne



É a perspectiva, também chamada de curiosa, que rompe os limites convencionais da representação. Foi estudada no século 18 pelo matemático francês Jean François Niceron no tratado Thaumaturgus opticus. Transcende o físico e faz parte da quarta dimensão, sendo a deformação ótica proposital provocada pela desproporção entre o longitudinal e o transversal. Na biologia é a evolução contínua e, na matemática, o mapeamento de uma função. O termo é de origem grega, anamorphosis.



sexta-feira, 25 de outubro de 2013

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

OBSESSÃO

Da Redação





Pablo Picasso, pintor a vida inteira, obsessivo a ponto de pintar com lanterna ao desafiar o tempo de realização da obra como se o que define a imagem é o instante de seu aparecer, o resto ficando como elaboração, trabalho de detalhes.



quarta-feira, 23 de outubro de 2013

MASC MUSEU MUSICAL

Divulgação




Fundação Catarinense de Cultura e o Museu de Arte de Santa Catarina 
iniciam o projeto MASC MUSEU MUSICAL.
Museu idéia, com novas áreas de respiro e voltado cada vez mais para o desenvolvimento contemporâneo e de vanguarda.
Museu comprometido com a gestão democrática e participativa, que oferece Música e Arte para o espaço expositivo museal. 
Museu que visa gerar transformações intelectuais, emocionais, educativas e sócio culturais, atraindo públicos de todas as idades. 
Museu que oportuniza também o conhecimento e a fruição das exposições que aqui acontecem.
As exibições musicais ocorrerão uma vez por mês, nas noites de quintas-feiras, e serão 
apresentadas por músicos de diversos gêneros e estilos. Com isso, teremos bossa-nova, jazz, 
chorinho, tangos e muita música erudita, além de pequenos grupos de dança.
Caberá ao grupo erudito SC PIANO TRIO o privilégio da primeira exibição, 
agendada para o dia 31 de outubro de 2013, às 19h30min no espaço central do museu.
O repertório musical do grupo é composto de obras que vão do erudito ao popular e combinam diversas formações musicais.
| Exposições de Curta Duração |
   - Andersen em Florianópolis -
    - Três Fotógrafos Noruegueses -
    - Olhar Estrangeiro (Acervo do MAC) -
Abertura: 14/10/2013 - Visitação: até 01/12/2013
| Exposição Longa Duração |
    - MASC: Tempo, Espaço e Arte -
Horário de funcionamento: 
Terça à Sábado: 10h às 20:30h
Domingos e Feriados: 10h às 19:30h
Endereço:
Av. Gov. Irineu Bornhausen, 5600 - Florianópolis/SC 
Fones: (48) 3953-2319 / (48) 3953-2380


segunda-feira, 21 de outubro de 2013

PINTURA COM CHEIRO DE SANGUE

Por Jayro Schmidt





No prédio da famosa Loja de Departamentos Harrods, em Londres, há uma inscrição que diz omnin omnibus ubique, tudo para todos em toda parte.
O apelo comercial da frase tem ares bem monárquicos, mas adultera o que de fato poderia ser. Bem sabemos que naquele lugar, ou em qualquer outro, as coisas não são assim. Aliás, por falar nisso, a maior parte de nosso achatado (alguns preferem chato) planeta é um não-lugar.
A dita inscrição me fez lembrar um cara singular, Francis Bacon, pintor. Digo pintor porque há outro cara com o mesmo nome, um dos pioneiros da ciência moderna.
Bacon, antes de ver pinturas de Picasso, jamais pensou que poderia fazer o mesmo. O impacto foi tão grande que resolveu pintar, mas decepcionando-se com o resultado.
Mais tarde ele constatou que a decepção sobreveio porque tudo foi provocado por uma experiência estética, e não através de algo mais visceral – de sua subjetividade. Isso aconteceu quando dava uma banda na tal Harrods, que em seu tudo, exagera no que se engole mastigado ou não.
Ao aproximar-se de um açougue, Bacon foi arrebatado pelas carnes expostas. Ali então ele teve completamente o que o levou a pintar sem parar mais, e sem saber por que certas coisas têm essa força incontrolável que passa (isso ele sabia) pelo instinto ou pela intuição.
Bacon uma vez declarou que se surpreendia por “não estar ali, no lugar dos nacos de carne”. Nestas alturas ele já havia encontrado uma frase de Ésquilo, que adaptou:

O cheiro de sangue humano não desgruda seus olhos de mim.

A isso Bacon chamou de “disparador”, isto é, o que motiva se realizar a pintura, nesse caso com cheiro de sangue, conforme suas palavras “a carne do homem como se ela se espalhasse para fora do corpo, como se ela fosse sua própria sombra”.


Esta e outras conclusões de Bacon coincidem com as de seu homônimo, o filósofo Francis Bacon, que escreveu o tratado Sobre os meios de morrer, adiar a velhice e restaurar as forças vitais, obra que o pintor não conhecia, pois o manuscrito foi descoberto na Inglaterra e publicado em francês em 1984.
Nas conversas de Frank Maubert com Bacon pintor, ele afirmou que o texto de observação e descrição científicas “veio fortuitamente esclarecer e pôr em correspondência o trabalho do pintor com o do pensador, seu grande ancestral”. O parentesco entre as observações empíricas de Bacon cientista e as expressões de Bacon pintor sobre a morte não se limita a um ou outro caso.
O Bacon cientista constatou que alguns corpos evolam. Corpos que se tornam ocos, ressonantes, ásperos, emaranhados, nos quais se vê a migração com a atenuação e a fuga da matéria. Nos corpos mais flexíveis, compactos e porosos, a migração tem o nome mais provável do que supostamente ocorre depois da vida: “o espírito não encontra passagem e meios pelos quais evolar-se secretamente, mas impele claramente para diante de si as partes espessas que ele estendeu e modelou, e as impele com violência para a superfície do corpo”.
Dos experimentos empíricos de Bacon, esse é o que mais situa a pintura de Bacon que, enfim, merece outra inscrição, a que se lê na entrada da Capela dos Ossos, em Évora, Portugal: “Nos ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos”.



quinta-feira, 17 de outubro de 2013

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

MULHER OU MANEQUIM?

Fotografia de Márcio H. Martins




segunda-feira, 14 de outubro de 2013

TUPI APAIXONADO

Tradução de Jayro Schmidt



catiti catiti

imara notiá

notiá imara

ipeju

lua nova lua nova

minhas lembranças

lembranças minhas

sopre em seu coração

ANALOGIA DE LINGUAGEM

Da Redação


André Derain                               Anita Malfatti


Para tornar compreensíveis as diversificadas expressões da arte moderna e contemporânea, adota-se a montagem de obras de uma exposição considerando-se suas naturezas técnicas e estéticas. Desta maneira é obtida uma correlação de linguagens ou de morfologias que estabelecem um princípio ordenador do fazer artístico.



sexta-feira, 11 de outubro de 2013

RAINHA DAS ÁGUAS

Pintura de Eduardo Lhullier




ANTROPOFAGIA

Da Redação




Antropofagia. Devoração crítica de tradições culturais e artísticas, sobretudo de origens europeias. Concebida por Oswald de Andrade após a eclosão histórica da Semana de 22, em São Paulo, a antropofagia é uma inventividade especificamente brasileira que procurou reavaliar e combater o enquadramento gratuito das vanguardas internacionais. “Abaporu”, homem que come, pintura de Tarsila do Amaral, foi realizada com a poética antropofágica sugerida por Oswald de Andrade.



quinta-feira, 10 de outubro de 2013

SEM PALAVRAS

Escultura de Javier Vellé




Javier Vellé, que passa uma temporada em Florianópolis, é escultor espanhol



quarta-feira, 9 de outubro de 2013

SOLILÓQUIO

Érico Max Müller





Poema sem título de Érico Max Müller, extraído de Um anjo morto na encosta.

Fotografia de Ingo Schmidt



terça-feira, 8 de outubro de 2013

3 EXPOSIÇÕES NO MASC

Divulgação

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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

JAVIER VELLÉ, ESCULTOR

Da Redação





Javier Vellé tem 64 anos e formou-se na Escola Superior de Belas Artes, em Bilbao, Espanha.
Com 20 anos de experiência artística, dos quais 3 anos foram dedicados à confecção das Fallas de Valencia e o restante em seu ateliê particular, onde foram desenvolvidos trabalhos para festivais de comics, cine fantástico, campanhas publicitárias etc.
Grande parte do trabalho de Javier foi e é criar esculturas de todas as formas, tipos e tamanhos, principalmente as de tamanho natural.
Atualmente, Javier desenvolve no ateliê do professor Canabarro, na Udesc, a escultura de um gaúcho de tamanho natural, como também a criação de bruxas em homenagem à Ilha da Magia.



sexta-feira, 4 de outubro de 2013

DANÇA


Escultura de Javier Vellé





Javier Vellé, numa temporada em Florianópolis, é escultor espanhol.



quinta-feira, 3 de outubro de 2013

COMO DESCER UMA ESCADA

Fotografia de Márcio Martins




terça-feira, 1 de outubro de 2013

EXPOSIÇÃO ALÉM DE 3x4

Divulgação


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