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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

IDOS BEM-VINDOS

Fotografia de Danísio Silva





Os escudeiros da palavra e da imagem, Jayro Schmidt e Daniel Ballester, no final dos anos 1980, na lente curiosa de Danísio Silva.


sexta-feira, 17 de maio de 2013

Silêncios do Silêncio

Por Jayro Schmidt

Sobre a mostra Fotografando o Silêncio


Alguns pesquisadores norte-americanos chegaram à conclusão de que o silêncio absoluto existe. Para tanto, construíram um recinto à prova de todo e qualquer ruído sem levar em consideração que alguém poderia constatar o contrário, pois o silêncio, assim como tudo que se dá no tempo e no espaço, são relativos.
E quem demonstrou isso foi um músico, John Cage, que sempre trabalhou o som subentendido no silêncio. Para Cage, e para os músicos em geral, o ruído ainda não é música, e a música, convenhamos, é o silêncio que cala o ruído.
Simples não? Nem tanto, sobretudo para os pesquisadores do absoluto. Esse princípio para eles era uma engenhosa mística, no que estavam enganados. Cage entrou no recinto com luvas, vestimentas e calçados adequados para que nada interferisse no silêncio, mas os pesquisadores não haviam pensado no mais essencial: Cage ouviu as batidas do coração.
Além desse fato, pode-se ouvir o silêncio, como também se pode vê-lo como fizeram os fotógrafos desta exposição, cada qual com um olhar específico em imagens analógicas e imagens conceituais. Apesar das diferenças de focos de cada um, eles não poderiam deixar de visar o extremamente quieto e exprimir o limite que separa o som do ruído para poderem visualizar o silêncio. E o silêncio, inevitavelmente, está associado ao solitário, ao ignoto, ao abandonado, ao falecido.
Pois são nestes lugares que o silêncio fala, seja num ponto perdido no espaço, nas últimas gotas de remédio, no olho do redemoinho, no cachorro dormindo, na textura da ausência, nos retratos se apagando e no reflexo do pescador.
As imagens de silêncios aqui expostas, conclui-se, foi um desafio para os fotógrafos e são agora para você que, distraído ou atento, vai se perguntar: onde está e o que é o silêncio.
Muitas serão as respostas nas vozes silenciosas que estão nas percepções.



Alessandra Knoll


Danísio Silva 


Eliane Quadro


Gilliard Lach


Heloísa Caminha Bradacz


Maria Helena Rosa Barbosa


Rosemary Busko

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Poemas Críticos

Por Raul Felipe Schmidt Machado


Fotografia de Danísio Silva


Podre Social Club

Moscas
Que beiram
A merda

Moscas
Beirando
Suas genitálias

Beirando
Suas mentes

E resquícios
De humanos
Com gravatas borboletas



Livre. Livre.

Se o olhar crítico
Morre
Na arte

Já não é arte
Que vejo naquela parte

É decoração pra burguês gozar

Se o olhar panfletário
Nasce
Na arte
Já não é arte
Que vejo naquele aparte

É fetiche revolucionário
Para ditador gozar

Se a arte pela arte
Quer cagar seu alarde

Já não é arte
Que vejo naquele rabisco

É hibisco disfarçado de rosa
E letra querendo ser prosa


Extraído de Vísceras, livro virtual, Clube de Autores, 2012

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Anamorfia

Foto de Danisio Silva



A aparência se esfacela para que haja a aparição. (J.S.)


segunda-feira, 1 de abril de 2013

Olhos

Redação do blog



O fotógrafo Danisio Silva, que lançou Florianópolis vista de cima com sucesso de público, enviou por email uma foto que segue seus experimentos acerca do micro elevado à categoria de macro, tudo com lente especial para mostrar o que normalmente não é visto, a insinuação de certas imagens contidas nas mais variadas coisas. Dessa vez, uma enorme maçã como sendo outra coisa, e que fez o editor deste blog recordar a foto da capa de um disco de Tom Zé, Todos os olhos.


O que se vê no ângulo seccionado da maçã é o que também está na imagem da capa do referido disco, lançado em 1973, portanto durante o golpe militar com seus aparatos repressivos, dentre os quais a censura que proibiu ou truncou tantas obras de arte. As que conseguiram passar, algumas usaram artifícios que representam a maneira mais perfeita de neutralizar os dispositivos ditatoriais. Esse é o caso da capa de Todos os olhos, que demonstra o quanto os censores eram menos do que tacanhos, motivadores de tantas piadas que algum dia alguém vai se dar ao trabalho de compilar.

No blog Luis Nassif Online* encontram-se os detalhes sobre a origem da capa, mérito de Décio Pignatari, o concretista mais radical ao ter pensado que o poeta é o designer da palavra e, por extensão, da imagem. O relato é assinado por  Phydia de Athayde com o mote “não é o que parece”, ou seja, é parte do corpo, os lábios de uma mulher envolvendo uma bola de gude, vamos dizer então um grude que lembra o que fica escondido entre as nádegas. Essa foi a ideia de Pignatari para denunciar o regime militar, imagem que se tornou célebre.


O encarregado da façanha semiótica foi o fotógrafo Reinaldo Moraes, assistente de estúdio da agência E=mc2, que convenceu uma namorada “bissexta”. A moça, com a conversa mole de Reinaldo, topou tapar o orifício traseiro com a bolinha, mas a redonda no redondo não se fixava que o jeito foi apelar para outra parte da “namorada-modelo”, os lábios simulando o terceiro olho.

Assim apareceu a imagem da capa, tão experimental como o baiano Tom Zé, cuja história Reinaldo ainda conta, porém com outro detalhe:

“Hoje, quando conto essa história, longe de chocar minha audiência, o máximo que arranco dos meus jovens interlocutores é a indefectível pergunta: “Lavou a bolinha antes da segunda sessão de fotos?”


* Fontes: http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/tom-ze-de-todos-os-olhos-e-a-historia-da-festejada-capa

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/mais-sobre-a-capa-de-todos-os-olhos-de-tom-ze

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Ao silêncio

Poemas de Elaine Pauvolid



Assim Elaine Pauvolid abre seu livro O silêncio como contorno da mão, composto por breves e brevíssimos poemas que lembram os epigramas e os apotegmas.


Voa que é côncavo o pensamento



O que sobra é a falta



A solidão tem coisas que a gente só sabe depois que morre



Um caminho é silêncio



A verdade não se comunica



O silêncio está me ensurdecendo


Poemas extraídos de O silêncio como contorno da mão, Editora Multifoco, 2011 / Fotografias de Danisio Silva.


terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Apsaras

Foto de Danisio Silva



As Apsaras, na mitologia hindu, são ninfas da água e dançam. As dançarinas, com a lente especial de Danisio Silva, foram captadas na fumaça do incenso. (J.S.)


terça-feira, 20 de novembro de 2012

Profanações

Obras de Rosana Bortolin*












* Fotos de Danísio Silva


segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Estranhos

Poema de Rodrigo Garcia Lopes



                    Fotografia de Danísio Silva


Somos pessoas estranhas

somos
pessoas
estranhas
nem sabemos
que sonhos
que somos

esses
olhos
poucos

essas
folhas
secas?

esqueçam
fiquem
calados

somos
estranhos
no entanto

esta noite
dormiremos
lado a lado


Poema de Rodrigo Garcia Lopes, extraído de Solarium, Iluminuras, 1994. 


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Redenção

Foto de Danisio Silva

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Janela de varrer


Por Silveira de Souza

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Silêncio


Poema de Elaine Pauvolid

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

quinta-feira, 23 de agosto de 2012