Fotografia de Danísio Silva
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sexta-feira, 16 de agosto de 2013
sexta-feira, 17 de maio de 2013
Silêncios do Silêncio
Alguns pesquisadores
norte-americanos chegaram à conclusão de que o silêncio absoluto existe. Para
tanto, construíram um recinto à prova de todo e qualquer ruído sem levar em
consideração que alguém poderia constatar o contrário, pois o silêncio, assim
como tudo que se dá no tempo e no espaço, são relativos.
E quem demonstrou isso
foi um músico, John Cage, que sempre trabalhou o som subentendido no silêncio.
Para Cage, e para os músicos em geral, o ruído ainda não é música, e a música,
convenhamos, é o silêncio que cala o ruído.
Simples não? Nem
tanto, sobretudo para os pesquisadores do absoluto. Esse princípio para eles
era uma engenhosa mística, no que estavam enganados. Cage entrou no recinto com
luvas, vestimentas e calçados adequados para que nada interferisse no silêncio,
mas os pesquisadores não haviam pensado no mais essencial: Cage ouviu as
batidas do coração.
Além desse fato,
pode-se ouvir o silêncio, como também se pode vê-lo como fizeram os fotógrafos
desta exposição, cada qual com um olhar específico em imagens analógicas e
imagens conceituais. Apesar das diferenças de focos de cada um, eles não
poderiam deixar de visar o extremamente quieto e exprimir o limite que separa o
som do ruído para poderem visualizar o silêncio. E o silêncio, inevitavelmente,
está associado ao solitário, ao ignoto, ao abandonado, ao falecido.
Pois são nestes
lugares que o silêncio fala, seja num ponto perdido no espaço, nas últimas gotas
de remédio, no olho do redemoinho, no cachorro dormindo, na textura da ausência,
nos retratos se apagando e no reflexo do pescador.
As imagens de
silêncios aqui expostas, conclui-se, foi um desafio para os fotógrafos e são
agora para você que, distraído ou atento, vai se perguntar: onde está e o que é
o silêncio.
Muitas serão as
respostas nas vozes silenciosas que estão nas percepções.
Alessandra Knoll
Danísio Silva
Eliane Quadro
Gilliard Lach
Heloísa Caminha Bradacz
Maria Helena Rosa Barbosa
Rosemary Busko
quarta-feira, 15 de maio de 2013
Poemas Críticos
Por Raul Felipe Schmidt Machado
Fotografia de Danísio Silva
Podre Social Club
Moscas
Que beiram
A merda
Moscas
Beirando
Suas genitálias
Beirando
Suas mentes
E resquícios
De humanos
Com gravatas borboletas
Livre. Livre.
Se o olhar crítico
Morre
Na arte
Já não é arte
Que vejo naquela parte
É
decoração pra burguês gozar
Se o
olhar panfletário
Nasce
Na arte
Já não é arte
Que vejo naquele aparte
É fetiche revolucionário
Para ditador gozar
Se a arte pela arte
Quer cagar seu alarde
Já não é arte
Que vejo naquele rabisco
É hibisco disfarçado de rosa
E letra querendo ser prosa
Extraído de Vísceras,
livro virtual, Clube de Autores, 2012
segunda-feira, 15 de abril de 2013
segunda-feira, 1 de abril de 2013
Olhos
Redação do blog
O fotógrafo Danisio Silva, que lançou Florianópolis vista de cima com sucesso de público, enviou por
email uma foto que segue seus experimentos acerca do micro elevado à categoria
de macro, tudo com lente especial para mostrar o que normalmente não é visto, a
insinuação de certas imagens contidas nas mais variadas coisas. Dessa vez, uma
enorme maçã como sendo outra coisa, e que fez o editor deste blog recordar a
foto da capa de um disco de Tom Zé, Todos
os olhos.
O que se vê no ângulo seccionado da maçã é o que também está
na imagem da capa do referido disco, lançado em 1973, portanto durante o golpe
militar com seus aparatos repressivos, dentre os quais a censura que proibiu ou
truncou tantas obras de arte. As que conseguiram passar, algumas usaram
artifícios que representam a maneira mais perfeita de neutralizar os
dispositivos ditatoriais. Esse é o caso da capa de Todos os olhos, que demonstra o quanto os censores eram menos do
que tacanhos, motivadores de tantas piadas que algum dia alguém vai se dar ao
trabalho de compilar.
No blog Luis Nassif Online* encontram-se os detalhes sobre a
origem da capa, mérito de Décio Pignatari, o concretista mais radical ao ter
pensado que o poeta é o designer da
palavra e, por extensão, da imagem. O relato é assinado por Phydia de Athayde com o mote “não é o
que parece”, ou seja, é parte do corpo, os lábios de uma mulher envolvendo uma
bola de gude, vamos dizer então um grude que lembra o que fica escondido entre
as nádegas. Essa foi a ideia de Pignatari para denunciar o regime militar,
imagem que se tornou célebre.
O encarregado da façanha semiótica foi o fotógrafo Reinaldo
Moraes, assistente de estúdio da agência E=mc2, que convenceu uma namorada
“bissexta”. A moça, com a conversa mole de Reinaldo, topou tapar o orifício
traseiro com a bolinha, mas a redonda no redondo não se fixava que o jeito foi
apelar para outra parte da “namorada-modelo”, os lábios simulando o terceiro
olho.
Assim apareceu a imagem da capa, tão experimental como o
baiano Tom Zé, cuja história Reinaldo ainda conta, porém com outro detalhe:
“Hoje, quando conto
essa história, longe de chocar minha audiência, o máximo que arranco dos meus
jovens interlocutores é a indefectível pergunta: “Lavou a bolinha antes da
segunda sessão de fotos?”
* Fontes: http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/tom-ze-de-todos-os-olhos-e-a-historia-da-festejada-capa
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/mais-sobre-a-capa-de-todos-os-olhos-de-tom-ze
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
Ao silêncio
Poemas de Elaine Pauvolid
Assim
Elaine Pauvolid abre seu livro O silêncio
como contorno da mão, composto por breves e brevíssimos poemas que lembram
os epigramas e os apotegmas.
Voa
que é côncavo o pensamento
O
que sobra é a falta
A
solidão tem coisas que a gente só sabe depois que morre
Um
caminho é silêncio
O
silêncio está me ensurdecendo
Poemas
extraídos de O silêncio como contorno da
mão, Editora Multifoco, 2011 / Fotografias de Danisio Silva.
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
Apsaras
Foto de Danisio Silva
As
Apsaras, na mitologia hindu, são ninfas da água e dançam. As dançarinas, com a
lente especial de Danisio Silva, foram captadas na fumaça do incenso. (J.S.)
terça-feira, 20 de novembro de 2012
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Estranhos
Poema de Rodrigo Garcia Lopes
Somos pessoas estranhas
somos
pessoas
estranhas
nem sabemos
que sonhos
que somos
esses
olhos
poucos
essas
folhas
secas?
esqueçam
fiquem
calados
somos
estranhos
no entanto
esta noite
dormiremos
lado a lado
Poema de Rodrigo Garcia Lopes, extraído de Solarium, Iluminuras, 1994.
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
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