Mostrando postagens com marcador Daniel Ballester. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Daniel Ballester. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

ESCUTA (El sonido y la furia)

Da Redação




Daniel Ballester*: na rua as coisas acontecem e no rádio a logosfera, todas as línguas, a torre que também se encontra em Macbeth: uma história contada somente com som e fúria.


* Daniel apresenta o programa El sonido y la furia de segunda a sexta, 1 à 4hs da madrugada. www.radiomadre.org

quarta-feira, 22 de maio de 2013

SONHO ABSTRATO

Poema de Daniel Ballester


 Sonhei com Jackson Pollock.
 Eu era sua paleta de cores,
 E cada vez que ele mergulhava seus pincéis em mim,
 Um olho vermelho, um umbigo amarelo ou um dedo azul
 Transformavam-se em manchas de alegria sobre a tela.
 Eis aqui o resultado de sua obra
 Ou de meu sonho.

Pintura de Fabiana França



terça-feira, 2 de abril de 2013

Alaridos

Poema de Daniel Ballester


Ilustração de Jayro Schmidt

Marte en el fuego

Cuando la casa ardió
yo miraba mi casa arder
gozaba el espectáculo de sentir el fuego sobre la mesa
devorando los baúles arañados
del sótano siempre prohibido, siempre ausente
corrompido por los años que no tuve.
Veo la lucha
perfectas llamaradas
imagìnenme, riendo hasta el absurdo.
El fuego de mi vida unido a él
peces
alaridos
y los perros lamiendo carne calcinada de la heladera negra.
Amé el incendio
y lo bebì
como bebo el deseo irreparable
en la medioanoche del bloqueo
de pié.


terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Antropofagia platina

Por Daniel Ballester





"Não me faltaria, às vezes, mais que uma só palavra, uma simples e pequena palavra sem importância, para ser grande, para dizer no tom dos profetas, uma palavra testemunha, mínima, sutil, uma palavra bem macerada em minhas medulas, soprada de mim, que se manteria na extremidade de meu ser, e que, para todos, não seria nada. Sou testemunho, sou o único testemunho de mim mesmo."
Antonin Artaud



Performance de Daniel Ballester



segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Imagem e palavra

Vários autores


Fotografia de Gill Konell



Lagoa de pedra

Contorno Geométrico
Del fósil sinuoso de jaspe
No hay veneno em la palavra
Que pueda adormecer
El destino triunfal de la cobra

Daniel Ballester


tudo preocupa nada
nada tudo preocupa
preocupa nada tudo

Elaine Pauvolid



UMA OVA!

na pele do óvulo, na casca dura e escura da pele do óvulo, antes do óvulo virar ovo (ou zigoto),  sendo só o óvulo-óvulo ou o óvulo só e só assim sendo, sem que mais nada aconteça pra que deixe de ser só isso acontecendo, de óvulo querer ser só óvulo ­- (e isso é ser óvulo) - querer ser só óvulo e nada mais, nada mais externo que o torne outra coisa, - (a partir daí já não sendo mais óvulo) - e sabe-se lá o que um óvulo já não mais óvulo pode se tornar nesse vasto mundo oval, só e somente só sendo ainda só óvulo: somente semente sem vida, semente sem ida ainda e nem vinda, somente só e se nada o desviar de seu destino ovóide: nem um e nenhum percalço; nem uma e nenhuma piscadela; no sim do não e no não do sim; aí, sim: o óvulo gora, o óvulo nunca vai ver o agora, o óvulo não vê a hora, o óvulo não ouve a hora, o óvulo não houve, oras, o óvulo vai embora, o óvulo descora e evapora: murcha e apodrece e desce e desaparece no fosso oco do corpo quente até as trevas do não-ser... de per si; depressa; deprecia; recessa; cessa: o óvulo já era!
já o esperma permeável permanece perdido seco no solo do útero anterior e ulterior no interior das tripas um trapo por não ter cumprido o trato e o fato de poder ter sido e não. não dessa vez ainda não - punho e punheta - como sendo. breve secará também, sem mais nem amém, tudo não passando disso, só isso no isso tudo, no tudo isso, tudisso, isso, iss, is, i!
noutro lugar mas no mesmo se escuta o esborrachar de gotas no chão do banheiro e um aroma de amoras e amores evolando e voando e andando e alando e indo no ir do-ar enquanto do quarto ao lado mas não alado vem um cheiro forte de suor fedor e cigarro.

Vinícius Alves


Imagem e palavra foi uma proposição, a foto de Gill Konell, aos poetas, cada qual com suas visibilidades imagísticas nos poemas.


quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Anemoi

Poema de Daniel Ballester


Litografia de Jayro Schmidt


Sem criatividade a gente se burocratiza
se torna homem concreto
repete palavras de outro.                     Eduardo Pavlovsky


O mesmo passa com o vento quando meneias teu cabelo e se volta ao Princípio
Do som da rua
Gestos de tremenda piedade se salvam de morrer afogados
Graças à intervenção divina desta opacidade chamada lua.

Os tons rasgados da praça se derramam na dissonante noite
E caem no chão
Qual gotas do rio seco sobre a fortuna dos enfermos.

De há pouco voltei a juntar os pedaços
Que haviam ficado grudados a um tango
E me pus a tossir uns compassos com o pé batendo no piso.

Fumar faz bem
Acalma os alvéolos
Purifica os poros
Afugenta feras
Sopra pianos.

Ui! Tua mente parece endobrar-se ao redor da pele do vento!
Juntos somos juncos capazes de enfrentar todas as corredeiras
Com você me sinto forte, com você sou pecado e libertação
Juntos
Que não passarão.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Olga

Poema de Daniel Ballester

sábado, 15 de setembro de 2012

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

domingo, 2 de setembro de 2012

Disjecta membra


Ronaldo Linhares / Versura – Daniel Ballester

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Lousa


por Daniel Ballester

sábado, 25 de agosto de 2012

Desolado

por Daniel Ballester