terça-feira, 5 de novembro de 2013

KAFKIANAS

Da Redação




No passado eu não compreendia por que não encontrava respostas às minhas perguntas; hoje não compreendo como podia acreditar que pudesse perguntar. Entretanto eu não acreditava, perguntava somente.
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Não existe nenhum possuir, somente um ser, somente um ser exigente até o último alento, até a asfixia.
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Afirmam as gralhas que bastaria uma só delas para destruir o céu. Não há dúvida a esse respeito, mas isso nada prova contra o céu, pois o céu na verdade significa: impossibilidade de gralhas.



(Extraído de 28 Desaforismos, tradução de Silveira de Souza, Bernúncia Editora / Editora da UFSC).


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