Redação do blog
Os
escritores catarinenses, nos últimos anos, têm recebido melhor atenção de
editoras do famoso e criticado eixo Rio-São Paulo. O caso mais recente é do
poeta, ficcionista e crítico de arte Péricles Prade com a publicação, pela
Iluminuras, de Casa de máscaras. O
livro é prefaciado pela infrafina palavra de Ronald Augusto, e com orelha
constelada de Silveira de Sousa, na qual pontua a intertextualidade de Prade,
que é tantas coisas sem deixar de ser ele mesmo. Mas Silveira frisa que não sabe
“dizer com exatidão, como é praxe das orelhas de livros, do que se trata este Casa de máscaras”. O que ele sabe é que
a poesia de Prade “é de sutil transcendência”, aconselhando o leitor a “guardar
este exemplar em lugar especial de sua biblioteca, pois as criações literárias
de Péricles Prade parecem ter caído da árvore onde Deus se esconde”. Silveira
assim termina seu comentário, aludindo um dos poemas do livro, “Proteção”:
Um anjo,
desses que
andam
à solta por
aí,
ainda me
protege.
O motivo?
Talvez porque
(a exemplo
dele)
também caí da
árvore
onde Deus se
esconde.
Prade
é de uma geração de poetas maiores como C. Ronald, Érico Max Müller, Lindolf
Bell e Rodrigo de Haro – pentágono cuja força é capaz de se transformar em
pêndulo para as gerações posteriores. (J. S.)
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