segunda-feira, 18 de março de 2013

Novo livro de Péricles Prade


Redação do blog



Os escritores catarinenses, nos últimos anos, têm recebido melhor atenção de editoras do famoso e criticado eixo Rio-São Paulo. O caso mais recente é do poeta, ficcionista e crítico de arte Péricles Prade com a publicação, pela Iluminuras, de Casa de máscaras. O livro é prefaciado pela infrafina palavra de Ronald Augusto, e com orelha constelada de Silveira de Sousa, na qual pontua a intertextualidade de Prade, que é tantas coisas sem deixar de ser ele mesmo. Mas Silveira frisa que não sabe “dizer com exatidão, como é praxe das orelhas de livros, do que se trata este Casa de máscaras”. O que ele sabe é que a poesia de Prade “é de sutil transcendência”, aconselhando o leitor a “guardar este exemplar em lugar especial de sua biblioteca, pois as criações literárias de Péricles Prade parecem ter caído da árvore onde Deus se esconde”. Silveira assim termina seu comentário, aludindo um dos poemas do livro, “Proteção”:

Um anjo,
desses que andam
à solta por aí,
ainda me protege.

O motivo?

Talvez porque
(a exemplo dele)
também caí da árvore
onde Deus se esconde.

Prade é de uma geração de poetas maiores como C. Ronald, Érico Max Müller, Lindolf Bell e Rodrigo de Haro – pentágono cuja força é capaz de se transformar em pêndulo para as gerações posteriores. (J. S.)


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