retrato feito por R.S.
Bem antes do surgimento da teoria da informação, já se
sabia que o sentir, que pressupõe o sentido, é percepção gerativa, desencadeia
linguagens.
E isso, no subliminar, tem todas as idades por estar
associada com a memória e a imaginação.
O ato da percepção, na mente infantil, está intacto,
pronto para captar o instante, sobretudo depois que o roçar das unhas no lençol
transfere-se para o instrumento da escrita e do desenho, que são
indissociáveis.
O desenho acima – feito pelo editor desde blog por
volta dos seis anos de idade – é um bom exemplo para esse argumento.
Em menos de quatro minutos, com uma folha de papel
carta apoiada no assoalho, eis que apareci com traços ágeis, pois é o meu
retrato relativamente jovem, mas já com as entradas de teimosa careca. E eu
estava de pé conversando com um amigo, em movimento, e ele, o desenhista
arguto, agachado.
Ao mencionar o sentir que doa sentido, comecei a
preparar o terreno para poder dizer que o retrato foi obra da sinopia, que é a
memorização ativa da imagem e transmitida com o mesmo ímpeto do relâmpago.
A sinopia, por outro lado, pode ser pensada como
ciografia: a percepção reúne elementos de profundidade que dão vida à
superfície que, dependendo da introvisão, manifesta-se com o símbolo.
A simbolização está no colar com seis estrelas, e a
sétima acima como se fosse a assinatura.
Então me pergunto: por que sete estrelas? Pergunto
porque o sete é meu número de nascimento, em sete de sete de quarenta de sete.
Que tal, confluência, coincidência, acaso?
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