quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Amor é tudo que nós dissemos que não era (Livro de Fernando Koproski)

Divulgação



Nova antologia poética de Charles Bukowski, organizada e traduzida por Fernando Koproski, chamada Amor é tudo que nós dissemos que não era (Editora 7 Letras), à venda na Livrarias curitiba





a segunda edição do Esssa loucura roubada que não desejo a ninguém a não ser a mim mesmo amém, a primeira antologia poética organizada e traduzida por Fernando, também está disponível na Livrarias Curitiba 

ou pelo site da editora 7 Letras: www.7letras.com.br

Cds de Fernando Koproski disponíveis pra ouvir e baixar:



de cortesia, leia um poema de Bukowski.

estilo

estilo é a resposta para tudo –
um novo jeito de encarar algo estúpido ou
perigoso.
é preferível fazer algo estúpido com estilo
do que fazer algo perigoso
sem estilo.

Joana d’Arc tinha estilo
João Batista
Cristo
Sócrates
César,
García Lorca.

estilo é o que faz a diferença,
um jeito de realizar,
um jeito de estar realizado.

6 garças paradas numa lagoa
ou você saindo nua do banheiro
sem me
ver.

poema: Charles Bukowski
tradução: Fernando Koproski
do livro AMOR É TUDO QUE NÓS DISSEMOS QUE NÃO ERA (7 Letras, 2012)


releases:

Livro: Amor É Tudo Que Nós Dissemos Que Não Era
Autor: Charles Bukowski
Seleção e Tradução: Fernando Koproski
Editora: 7 Letras
Características: Edição Bilíngue, 296 p.

Amor é tudo que nós dissemos que não era reúne uma seleção de poemas de 15 livros do romancista, poeta e ícone da cultura norte-americana Charles Bukowski. Organizada e traduzida pelo escritor Fernando Koproski, esta antologia bilíngue apresenta o melhor da poesia confessional, intensa e direta do velho safado que mistura amor, sexo e álcool em textos líricos e corrosivos que irão deleitar sua legião de fãs.

“Seja um monge e beba chumbo grosso e cerveja”, como nos receita o autor destes versos, aí sim, estamos falando de um lugar qualquer do sagrado, poemas. Com tradução do cara que já nos deu, e sempre nos oferta as melhores saideiras do Buk, Fernando Koproski, jamais abaixe a porta e nos jogue água nos pés, puerra!
    Boa, FK, prove para esses tarados que Bukowski é ainda mais genial nos poemas que na sua angustiada prosa comedora de gente qual terra de cemitério. Xico Sá (texto da orelha)

Livro: Essa Loucura Roubada Que Não Desejo A Ninguém A Não Ser A Mim Mesmo Amém (2 edição)
Autor: Charles Bukowski
Seleção e Tradução: Fernando Koproski
Editora: 7 Letras
Características: Edição Bilíngue, 264 p.

Essa loucura roubada que não desejo a ninguém a não ser a mim mesmo amém reúne poemas selecionados de 11 livros do escritor que retratou de forma ímpar o universo dos bêbados, dos marginalizados, dos solitários, dos perdedores e excluídos. Ao escrever de forma simples e liricamente desafiadora sobre os outsiders do cenário marginal, a poética de Bukowski dá voz a todos os órfãos do sonho americano – fazendo deste velho safado um ícone cult da literatura e cultura pop. Confessionais, despudorados e ácidos, seus versos contam histórias de amor, sexo, relações turbulentas, bebida, escrita e subemprego, transformando a matéria do cotidiano em verdadeira obra de arte.
     Publicado originalmente em 2005 numa caprichada edição bilíngue, organizada e traduzida pelo poeta curitibano Fernando Koproski, o livro esgotou-se rapidamente e virou objeto de colecionador. Esta nova edição revista e atualizada vem agora atender a toda uma legião de fãs do autor.

"Centrada na produção inicial do escritor, a seleção é um dos pontos fortes do livro, além da tradução de Fernando Koproski, que se esforça por manter o coloquialismo tão fundamental para a beleza dos originais. Poderia ser difícil identificar a beleza na literatura desse repórter do mundo cão, não fossem versos como “não se esqueça:/ o tempo existe é para ser desperdiçado,/ o amor fracassa/ e a morte é inútil”. Afinal a poesia de Bukowski obtém a atenção merecida num livro que é, desde já, referencial." Joca Reiners TerronFolha de S. Paulo

Charles Bukowski nasceu em Andernach (Alemanha), em 16 de agosto de 1920. Migrou para os Estados Unidos aos dois anos de idade. Cresceu em Los Angeles, cidade onde morou por cinquenta anos. Embora tenha cursado dois anos de jornalismo e literatura, sua formação de escritor é a de um autodidata. Publicou seu primeiro conto em 1944, quando tinha 24 anos. Conta que abandonou a escrita por dez anos, período em que se dedicou a beber, viver com mulheres nada aprazíveis, e a viajar pela América, coletando material a ser trabalhado em sua literatura. Esse período de autoconhecimento culminou com seu internamento em função de uma hemorragia estomacal, devido aos excessos etílicos, aos 35 anos. Afirma que começou a escrever poesia após esse episódio. Trabalhou nos correios durante quase catorze anos. Aos 49 anos, largou o emprego pra se dedicar à carreira de escritor. Estreou na poesia com Flower, fist and bestial wail em 1960, ao que se seguiram mais de trinta livros de poemas, diversas coletâneas de contos e romances, tais como Cartas na ruaFactotum e Mulheres. Faleceu em San Pedro, Califórnia, em 9 de março de 1994, aos 73 anos, após finalizar seu último romance Pulp.

Fernando Koproski nasceu em Curitiba, em 22 de janeiro de 1973. Publicou os livros de poemas: Manual de ver nuvens (1999); O livro de sonhos (1999); Tudo que não sei sobre o amor (2003), incluindo CD que apresenta leitura de poemas na voz do autor acompanhado pela guitarra flamenca de Luciano Romanelli; Como tornar-se azul em Curitiba (2004); Pétalas, pálpebras e pressas, livro selecionado para publicação pela Secretaria de Estado da Cultura do Paraná (2004); e Nunca seremos tão felizes como agora (7 Letras, 2009).
    Como tradutor, selecionou, organizou e traduziu as Antologias Poéticas de Charles Bukowski Essa loucura roubada que não desejo a ninguém a não ser a mim mesmo amém (7 Letras, 2005) e Amor é tudo que nós dissemos que não era (7 Letras, 2012), bem como a Antologia Poética de Leonard Cohen Atrás das linhas inimigas de meu amor (7 Letras, 2007).
    Lançou o CD Poesia em Desuso, registro ao vivo do recital que fez com o músico e compositor Alexandre França, apresentando poemas autorais, traduções e sua parceria musical, em 2005.
    Como letrista, tem composições gravadas por: Beijo AA Força no CD Companhia de Energia Elétrica Beijo AA Força; Alexandre França no CD A solidão não mata, dá a ideia; Casca de Nós no CD Tudo tem recheio; e Carlos Machado nos CDs TendéuSamba portátil Longe.

Curitibano reúne poemas inéditos de Bukowski em livro
Jonatan Silva - Paraná Online

      Em um universo povoado de bêbados, prostitutas e marginalizados, que o jornalista e escritor brasileiro João Antonio chama de merdunchos, Charles Bukowski (1920 – 1994) construiu a sua literatura. Bebendo do underground, não tardou para que as façanhas, em prosa e poesia, do Velho Safado fossem reconhecidas pelo seu valor, seja a estima literária, ou o resgate histórico de uma geração influenciada pelas liberdades pós-década de 1960.
      E, embora o material disponível em português seja vasto, alguns poemas ainda permaneciam no limbo do ineditismo no Brasil. Tentando vencer essa barreira, o poeta e tradutor curitibano Fernando Koproski decidiu selecionar e traduzir mais de 40 poesias, que ainda não haviam recebido sua devida tradução, em uma coletânea,“Amor é tudo que nós dissemos que não era” (7 Letras), que acaba de chegar às livrarias.
     Em tom confessional e desesperado, a obra bukowskiana emana mais que o singelo fazer literário, produzindo verdadeiros retratos do cotidiano, como em “Um poema é uma cidade”,“O homem no piano” ou “Paraíso bastardo”, que não poupam palavras para descrever a sordidez e o sentimento de inadequação ao status quo. É algo que Koproski define como“realismo desconcertante”.
     Trabalhando desde 2008 no livro, o curitibano não esconde a importância da empreitada. “Houve, sobretudo, o critério de apresentar um panorama significativo dos livros inéditos de poesia do Bukowski em português, por meio de poemas representativos de seus diversos temas”, afirmou Koproski, que é também responsável por outra coletânea do Buk, “Essa loucura roubada que não desejo a ninguém a ser a mim mesmo amém” e por um retrospecto da obra poética do canadense Leonard Cohen,“Atrás das linhas inimigas de meu amor”.

Antimanual
     Repleto de ironia e sarcasmo, “Amor é tudo que nós dissemos que não era”, é na verdade, um antimanual de conduta, colocando lado a lado a realidade dos esquecidos e o falso academismo do sacrifício literário. Prova cabal disso, “Então você quer ser um escritor?” dá a deixa para iniciantes: “se você estiver fazendo isso por dinheiro ou/ fama,/não faça./se você estiver fazendo isso porque deseja/mulheres em sua cama,/não faça”.
     Dispensando as formalidades, Koproski conseguiu um resultado inigualável com a “prosa doida”do Velho, em uma simplicidade e ferocidade que a poética bukowskiana exige. “Ao contrário do que os teóricos da tradução pregam insistentemente, cada caso é um caso e deve ser estudado em separado”, disparou.
     Arrebanhando multidões, Bukowski deixou sua marca na literatura, que não raras vezes, é confundida com os beats, mas que, colocando de lado rótulos, ajudou a formar leitores e leituras em um mundo cada vez mais consumido pelo instantâneo e obsoleto.


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