quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

No sertão das palavras (Livro de Jayro Schmidt)


Divulgação


O ensaio No sertão das palavras não se amolda à forma tradicional desse gênero. Sendo experimento de linguagem, nele o leitor não encontrará a cômoda sequência textual e menos ainda a abordagem linear da obra de Guimarães Rosa: Grande sertão: veredas.
Ao experimento de nada vale a previsão, assim como ocorre nas infinitivas veredas rosianas entre o conhecido e o desconhecido: o próprio sertão que nele parodia o mundo da palavra. Nesse caso, sertão e palavra estão em toda parte e em nenhum lugar.
Ao recusar a segurança aristotélica do ensaio acadêmico, no qual tudo é previsível, monótono e coisa de especialistas, o autor rastreou chapadas e chapadões, sempre ouvindo Quelemém, Riobaldo e Diadorim.
Ao confiar na imprevisão da palavra no sertão e na imprevisão no sertão da palavra, as partes do ensaio rearticularam tempos da obra de Guimarães Rosa e formaram um panorama no sentido dado por ele ao pensar em interpretação como vôo por cima para obter o todo em cada uma de suas partes.
Cabe ao leitor reconstituir este panorama, que é, na acepção do termo, o perspícuo, o transvisto.

Para adquirir o livro, acesse o saite: http://www.letrascontemporaneas.com.br/




Bibliografia


Jayro Schmidt (1947) é artista plástico, professor de pintura e de história da arte. Realizou várias exposições individuais e participou de coletivas e salões nas principais capitais brasileiras, inclusive na Bienal Nacional de São Paulo. Além da editoração de livros artesanais e o incentivo da produção da gravura, publicou Movimentos e significados nas artes plásticas (teoria) FCC Edições, 1991; Contaminatio (poesia) Letras Contemporâneas, 1996; Vincent van Gogh – pintor das cartas (biografia) Letras Contemporâneas, 1998; A uma sombra e outros ensaios (ensaio) Bernúncia Editora, 1998; Macedonio Fernández e alguns de seus papéis (ensaio) Museu-Arquivo da Poesia Manuscrita e Universidade Estadual de Ponta Grossa, 1999; Anotações de leituras e releituras (ensaio) Bernúncia Editora, 1999; Cruz e Sousa: poeta do abismo (ensaio) Museu-Arquivo da Poesia Manuscrita e Universidade Estadual de Ponta Grossa, 2000; Massala, com Renato Tapado, (prosa poética) Bernúncia Editora, 2000; Paulo Leminski: do carvão da vida o diamante do signo (ensaio) Bernúncia Editora e Cesusc, 2006; O barco ébrio (tradução) Bernúncia Editora e Edufsc, 2006; 16 Ensaios sobre poesia, ficção e artes plásticas (ensaio) Bernúncia Editora e Oficinas de Arte, 2007; Movimentos e significados nas artes plásticas, 2ª edição (teoria) Bernúncia Editora e Agência Criação; Poesia e Ficção de Péricles Prade – semas, semantemas, logometrias, Pantemporaneo; No sertão das palavras  – Leitura de Grandes Sertões: Veredas, Letras Contemporâneas, 2010.


Nenhum comentário: