sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Pequena canção

Poema de Ivo Pestalozzi e pintura de Juliana Hoffmann




       



Minhas palavras são turvas,
Como urbes imersas na bruma.
Não espero que entendas nenhuma.


Minhas palavras ficam viúvas,
Esvaem-se uma a uma.
Explicação: você entre algumas.


Por isso, quase não falo.
E, sempre me calo.






Um comentário:

Daniel Ballester disse...

Gostei muito do poema. Meu aporte:
parodiando ao Lennon, a palavra é um concepto,
um precepto
um pretexto
um texto consentido
sem sentido, sem cesuras,
e sem final.
O problema é a policia.