Macedonio Fernández (1874-1952), escritor argentino,
chegou à conclusão que escrevia para se ajudar a pensar. Como Jorge Luis
Borges, que foi seu discípulo, privilegiava a oralidade, dando pouca
importância aos seus escritos.
Macedonio Fernández vivia em pensões, sempre em
trânsito em função das dificuldades financeiras. E como vivia isolado, passava
as noites pensando e escrevendo. Em cada mudança abandonava ou esquecia os
manuscritos, sendo admoestado por Borges: “Macedonio, como podes fazer isso?”
A resposta foi dada com o tom que caracteriza os
mestres: “Acreditas que eu tenha tantas idéias que possa perder algumas delas?
Continuo escrevendo sempre a mesma coisa”.
A ideia, para Macedonio Fernández, estava em constante
fermentação. (J.S.)
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