Pintura de Juliana Hoffmann
...noite longa... eu me pergunto
sobre o significado
do silêncio,
do tempo esquecido
na ampulheta.
brasas dormidas,
madrugadas insones,
ouvidos atentos
aos passos no corredor,
aos sons do elevador.
mais um dia cerra suas portas
e um outro começa.
somos distâncias e medos,
vidas pelo avesso,
longo intervalo de quatro tempos.
somos uma música
da qual ninguém se lembra.
e mesmo assim eu persisto,
porque depois de tudo
ainda há poesia,
vestígios, restos de estrelas,
ecos dos nossos sonhos,
o teu calor em mim... e esta longa noite...
3 comentários:
Mais que um poema, um merjet
parabéns, cynthia!
No silêncio da noite, tudo é mais intenso, até que o amanhecer nos desperte do sonho, do calor do desejo e nos abra a janela de um novo dia...
Beijos,
AL
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